segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A homossexualidade e os super-heróis

QUADRINHOS

Embora não seja exatamente novidade, a homossexualidade ainda é um assunto muito pouco abordado nas HQs de super-heróis. As editoras de quadrinhos americanas costumam ser bastante conservadoras e evitam abordar o assunto.

O primeiro super-herói homossexual da Marvel Comics foi o Estrela Polar, integrante do supergrupo canadense Tropa Alfa. Ele foi desenvolvido pelo ilustrador John Byrne, criador da superequipe, nos anos 80 e, embora fossem muitos os elementos que sugeriam sua opção sexual, o tema não era discutido abertamente. Com a saída de Byrne da série, a Marvel tentou disfarçar a questão revelando que o herói era um elfo (!) e não um homossexual como todos imaginavam. A emenda ficou pior do que o soneto, principalmente porque os sintomas que ele vinha apresentando na época foram explicados como devidos a uma intoxicação típica de elfos expostos ao nosso mundo. A solução esdrúxula não agradou os leitores e, já no início dos anos 90, a direção da editora criou coragem e fez o mutante canadense revelar sua opção sexual em uma das edições da série, o que gerou manchetes nos noticiários da época.

O primeiro herói homossexual da DC Comics foi Estraño, da obscura superequipe Novos Guardiões, criado pelo roteirista Steve Englehart. Latino americano que reunia todos os mais tacanhos estereótipos atribuídos aos gays, Estraño foi um grande embaraço para a editora que decidiu, a certa altura, revelar - em história felizmente inédita no Brasil - que, na verdade, ele sofria de uma doença que afetava seu comportamento (!) e da qual foi curado (?!?). Não surpreende que tanto o herói quanto sua equipe tenham tido vida curta e hoje estejam praticamente esquecidos.

Os heróis homossexuais mais famosos são, sem dúvida, a dupla Apolo e Meia-Noite da equipe Authority, cuja série costumava abordar temáticas mais adultas e polêmicas. Cópias propositalmente mal-disfarçadas de Batman e Super-Homem, os dois vivem um relacionamento matrimonial nas páginas do gibi, o que já rendeu muitas brigas internas na editora DC Comics (que também publica os verdadeiros Super-Homem e Batman!). Nos Estados Unidos, a publicação da revista encontra-se atualmente suspensa.

Homossexuais femininas são muito mais raras no mundo dos super-heróis, mas ocasionalmente elas dão as caras. As inimigas dos X-Men, Mística (conhecida dos espectadores do filme da equipe mutante) e Sina tinham uma relação lésbica implícita.


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Fonte: www.omelete.com.br

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